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6 Erros Que Você Deve Evitar na Comunicação com seus Colaboradores


Isso acontece nos Estados Unidos, mas... eu conheço esse problema de perto aqui no Brasil.

De acordo com a "Association of Fundraising Professionals", em média, para cada 100 doadores que uma organização conquista, 105 sairam...

Não é exatamente a taxa de crescimento que as instituições querem, não é?

Uma das melhores maneiras de melhorar a sua taxa de churn (retenção) é melhorar suas comunicações com os doadores. 

Vou tratar aqui dos 6 piores erros de comunicação com doadores, e algumas dicas de como evitá-los.

1. O "One and Done".

Infelizmente para alguns doadores, a única "comunicação" que recebem das organizações que auxiliam é um recibo de doação. Outros podem receber uma boa carta de agradecimento, mas não muito mais. 

Como evitar: planeje uma série de comunicações permanentes com os seus doadores. Além de seu boletim de notícias, forneça atualizações trimestrais para os doadores sobre o impacto dos seus donativos, e mostre o que acontece com a ajuda deles.


2. O "eu eu eu" ou ainda o "nós nós nós"

Algumas causas sofrem de narcisismo sem fins lucrativos. Escrevem bem, contam histórias, relatos, etc, mas... sobre si mesmas...

Eles esquecem de um ingrediente-chave da boa comunicação: o doador. 

Pessoas que apoiam o seu trabalho também querem se sentir como parte de sua equipe. 

Como evitar: em vez de falar apenas sobre o trabalho que você está fazendo, reformular as suas comunicações para sublinhar como o doador está participando efetivamente daquele trabalho.

Use a palavra "você" mais do que "nós", e destaque o trabalho de doadores e voluntários individuais, conte essas histórias de vida. 


3. O "Record Broken" 

Com demasiada frequência, vejo organizações que compartilham as mesmas atualizações mais e mais. Então "quebram o record" em cada comunicação. 

Isso é ótimo... se você quiser aborrecer os doadores. 

Em geral fala-se das mesmas coisas, apenas atualizando números. E o doador a horas tantas se pergunta: "mas eles não estão fazendo nada de novo?"

Como evitar: um calendário editorial pode ajudar você a melhorar suas comunicações com doadores. Crie uma lista de histórias, eventos, anúncios, e temas sazonais que são relevantes para a sua causa e para seus doadores. 

Falta de idéias do que contar? 

Converse com seus doadores, com seus voluntários. Principalmente no momento em que eles ingressam em sua Causa, e descubra quais são as expectativas deles. Evite reuniões de diretoria - com excesso de narcisismo - para definir sua comunicação. Isso é coisa de gente especializada.

4. Criatividade contra Prolixidade

Você compartilha informações demais? 

Suas mensagens são como paredes sólidas de texto, com dados, informações, estatísticas e comentários repetitivos? Você deixa seu doador com a impressão de que não respeita o pouco tempo de que eles dispõem?

Como evitar: na maioria dos casos, as pessoas "scaneiam", mais do lêem.

Isto significa que, texto curto pode funcionar melhor, especialmente online. (Cuidado, é preciso antes testar, em alguns casos o texto longo é melhor; tudo depende da capacidade de atração do texto).

Use uma estratégia de "provocação e link" em seus e-mails, se você tem mais histórias para compartilhar. 

Antes de publicar suas mensagens, procure lê-las na perspectiva do doador. Veja se você não está usando jargões e termos técnicos que vai deixá-lo coçando a cabeça para entender.


5. O "Desconectado" 

Você já se sentiu como se estivesse falando, mas ninguém parece estar ouvindo? 

Na maioria das vezes, isso é porque você não está se comunicando de uma forma que reflete o que o seu doador quer ouvir. 

Isso geralmente acontece quando as organizações não estão em sincronia com o porquê de seus doadores colaborarem. 

Como evitar: converse com seus doadores para entender por que eles se preocupam com o problema e que os levou a doar. Peça feedback sobre as suas comunicações e deixe seus doadores dizerem de que forma gostariam de ouvir você. 

Tente segmentar seus doadores, analise como eles chegaram a sua organização, o seu nível de doação, ou os programas específicos que apoiam. Em seguida, comunique-se com eles com base nesses parâmetros para tornar a sua mensagem mais relevante. 


6. O "Show Me the Money" 

Você sabe aquele parente que nunca chama, exceto quando ele precisa de algo de você? 

Não seja esse sujeito.

Quando os doadores só ouvir falar de você quando você tem um apelo, eles podem começar a se perguntar o que aconteceu com o dinheiro que já lhe deu. 

Como evitar: implementar uma régua de comunicação que dose bem essa questão.  Envie um certo número de mensagens de cultivo ou de atualização um pouco antes de enviar um novo apelo.

Não sabe por onde começar? Clique aqui.



Você comete algum desses erros? 
Comente abaixo e compartilhe conosco suas idéias.

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